Meus Versos
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IDENTIDADE

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. Efésios 5.1,2

Existiu um grande imperador grego no mundo antigo chamado Alexandre, o Grande. Era homem de guerra, audacioso, valente, estrategista. Aos trinta anos de idade, já havia conquistado o mundo de sua época. Conta a história desse grande imperador, que viveu por volta de 356 a.C., que saiu em uma de suas batalhas com um número duas vezes menor de soldados em relação ao exército inimigo. No calor da batalha, um jovem soldado do exército de Alexandre, com medo de um possível massacre, se esconde numa caverna para não morrer. Pego por outro soldado de seu próprio exército, é elevado a Alexandre, o Grande. Aquele soldado tinha a certeza de que passaria por uma repreensão severa, sendo possível pagar com a própria vida, pois o Grande Imperador não admitia covardia. Alexandre, o Grande, antes de lhe impor qualquer punição, pergunta ao soldado: Qual é seu nome? Nisto, o soldado, com uma voz trêmula e apavorado responde: Alexandre, senhor! A resposta do imperador foi: Ou você muda de atitude ou muda de nome!

O Apostolo Paulo, escrevendo aos Efésios 5.1,2 ele diz que devemos ser identificados com Deus pelo fato de sermos seus imitadores. O Brasil é conhecido como um país cristão, um povo que segue os mandamentos de Cristo. Somos mesmo assim? Essa é uma pergunta que temos que responder com toda a sinceridade. Ser cristão é muito mais que uma terminologia, é sim um título que identifica alguém com Cristo. Quando olhamos para um filhote de elefante, sabemos que aquele animal é um elefante por suas características e por seu modo de agir como elefante. Identificamos uma etnia, uma raça, um povo quando olhamos para suas características, se é asiático, africano, americano ou europeu. E nós, o que nos identifica, o que o faz ser parecido com Cristo? Não basta termos somente o nome cristão, precisa ter características próprias de Cristo.

Quando se trata no amor pela esposa, para ser verdadeiramente um cristão, é preciso amar sacrificialmente, como encontrado no texto de Efésios 5.25. Quando se fala em amar ao próximo, esse amor deve ser incondicional, ainda que esse próximo seja um inimigo, é o que diz na parábola do bom samaritano em Lucas 10.25-37. Quando se fala em temperamento, além do amor, é preciso que se tenha alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, como diz a carta de Paulo aos Gálatas 5.22,23. Para o Apostolo Paulo, podemos chegar à maturidade e alcançarmos à altura espiritual de Cristo, Efésios 4.13.

Como disse Alexandre, o Grande, aquele jovem, Cristo também nos chama a responsabilidade em carregar sobre nós o nome de Cristãos. Não basta sermos chamados de nação religiosa, povo cristão se não formos fiéis imitadores de Cristo. Ou mudamos de atitude, ou mudamos de nome!

Miquéias de Castro
CONFIANÇA

“Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação”. Habacuque 3.17-18

Por muitas vezes, ele havia lido o livro de Habacuque e seu olhar se detinha nos versículos 17 e 18. Achava maravilhosa a possibilidade de poder viver a fé descrita pelo profeta. Olhou para sua história e se lembrou das inúmeras dificuldades, das incontáveis lutas e que nunca perdera a fé. Na juventude, se decepcionou com alguns amigos, perdeu inúmeras namoradas, foi mal na avaliação do colégio chegando a ser reprovado uma vez. Mas sempre se manteve firme. Sua fé sempre foi testada e nunca foi abalado seus alicerces.

Lembrou de tudo isso quando, a caminho do trabalho, seus ouvidos se deliciaram com os mesmos versículos 17 e 18 de Habacuque 3 recitados por uma voz feminina muito doce, que sempre iniciava o programa de rádio lendo passagens das Escrituras.

Chegando em seu escritório, animado e cheio de fé é surpreendido com uma carta de demissão. Tinha um excelente salário, detinha uma vida confortável. Havia dedicado 15 anos de sua vida naquela empresa. Parte do sucesso dela foi resultado de muitas noites a fio esquecendo-se da família, abandonando os amigos.
Estende a mão toma a ordem de demissão, ajunta suas coisas e sai. Pega seu carro, ainda meio sem rumo, começa a dirigir para casa. Sua mente começa a procurar, de uma forma acelerada, como contar para a esposa, uma vez que tinha acabado de trocar o carro que não estava quitado, a casa também era nova e, ainda grande parte do seu valor estava financiada, os três filhos estudavam na melhor escola da cidade. Seu coração bombardeava cada vez mais forte o sangue por suas veias, seus olhos começam a marejar e as primeiras lágrimas rolam tal seiva de uma seringueira, sua cabeça foi acometida por uma forte dor, suas mãos trêmulas suavam.

Chegando em casa, não tinha coragem de entrar. Fica um tempo no carro, pois não conseguia encarar a família. Foi nessa hora que sua alma não aguentou mais. Seus compromissos, obrigações e dívidas, com a família, com a sociedade e com os credores não podiam mais serem custeados. Neste momento, ainda dentro do carro, ele começa a falar com Deus e, frente a tão grande desespero, seu diálogo se transforma em acusação. Acusava Deus de haver feito aquilo, ou pelo menos não havia se importado com tal sofrimento.
De repente, uma voz, não audível aos ouvidos mas ao coração, brada com ímpeto do silêncio da sua alma e diz: “Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação”.

Como os primeiros raios de sol penetrando as nuvens negras da tempestade, a fé invadiu seu coração. Fé essa, que lhe garantia a certeza do zelo e do cuidado de Deus. Sai do carro, bate a porta, entra em casa com o coração aliviado, pois sabia que Deus cuidaria de tudo. Só não sabia como, mas Deus cuidaria e isso ele tinha certeza.

Miquéias Castro
HOMEM AVESTRUZ

“Até os chacais oferecem o peito para amamentar os seus filhotes, mas o meu povo não tem mais coração; é como as avestruzes do deserto.” Lamentações 4.3
Tudo começou como um conto, daqueles que daria um belíssimo filme. Nem mesmo Martin Scorsese, Tim Burton ou Steven Spielberg poderiam compor uma obra tão belíssima e dirigi-la por meios hollywoodianos.
Nascera num lar onde era amado e cuidado, estudara só em bons colégios, era cercado por amigos. Talvez, não tivesse tudo o que quisesse, mas não faltou nado do que precisasse. Cresceu, se formou e, logo após a cerimônia de formatura, começou a trabalhar. Tudo corria bem, até que, então, começou a sentir os efeitos do que é viver num tanque cheio de tubarões ferozes e famintos. Passou a ser corriqueiro as fechadas no trânsito, buzinadas, xingamentos.
Começou a acordar mais cedo, pois pensava que o trânsito estaria melhor. Sendo assim, chegaria no trabalho menos nervoso e irritado. Não deu certo. Quanto mais o tempo passava mais irritado ficava e essa irritação o afetava em tudo. Começou a xingar e brigar no trânsito, tornou-se agressivo com os colegas de trabalho. O final de semana já não era suficiente para descansar e nas reuniões de família já não suportava o barulho das crianças, as histórias antigas da tia-avó e nem mesmo a comida lhe parecia tão saborosa. Ele foi adoecendo.
Certa manhã, ao olhar no espelho notou que algo estava diferente com seu rosto, mas não se importou muito. Estava cansado, a noite pareceu curta e o sono há muito não era reparador. Não deu importância ao que estava acontecendo: parecia que seus olhos estavam exageradamente maiores. Os dias pareciam piorar cada vez mais. Entre xingos, buzinas, cobranças, falta de tempo, canseira, decepções, lutas, desgastes tornou aquele homem, outrora gentil e amável numa pessoa sem paciência, bruto. A vida, que daria um filme belíssimo, se transformou em um filme de terror.
As mudanças corporais continuaram. Penas pareciam nascer por todo o seu corpo, no lugar de da boca, surgiu um bico, os braços se tornaram asas. Não demorou muito e ele se transformou em um avestruz. Mas, ele não se incomodou com essas mudanças. Elas aconteceram tão lentamente que ele nem percebeu, até porque essas mudanças estavam ocorrendo por toda parte. Lobos ferozes e sedentos por sangue disputavam com ele o trânsito, leões, hienas, chacais dividiam o ambiente de trabalho, serpentes, javalis e ursos se reuniram nos finais de semana em família. De todas as bestas feras, ele era a pior. Suas longas pernas, o possibilitava a atingir incríveis 120km/h, quando saía ao ataque de suas presas. Seus pés bipartidos, tal cascos duros, provocavam feridas mortais em seus oponentes. Sua força bruta era comparada à de um tanque de guerra, onde esbarrava levava a nocaute.
Não bastasse tamanha ferocidade, se tornou frio como um iceberg. Enquanto as outras feras com toda agressividade e fazendo valer a lei do mais forte, mesmo assim cuidava de seus filhos dando-lhes leite para beber, proteção contra predadores, o homem avestruz abandonou seus ovos, potenciais filhos, não andava em bando para proteger a família e, quando as coisas apertavam demais, enfiava a cabeça na terra, num sinal de que ele não se importava com ninguém, a não ser com seu bem-estar. Se tornou agressivo, séptico, egoísta, desumano, um avestruz.
Pensando nesta história, talvez o problema do mundo não seja tanto os que se transformaram em lobos, leões, ursos ou víboras, talvez seja você que se transformou numa fria e egoísta avestruz, com seu jeito de não se importar mais com seu casamento, de abandonar seus filhos, de se virar e sair andando enquanto o mundo pega fogo atrás de você.
Até as mais bestas feras são sensíveis ao choro do filhote faminto, a proteger o grupo, a caçar juntos e a dividir a caça. Deus quer te fazer humano novamente, com um coração de carne e capaz de amar até mesmo seu inimigo e ser agente de Deus para um mundo tão “abestado” que vivemos.

Miquéias de Castro
LABIRINTO DA FÉ

"Creio! Ajuda-me na minha falta de fé." Mc 9.24

Diante de uma sociedade com tantas sabedorias, conceitos e de grande complexidade e diversidade no que diz respeito a crenças, como é fácil ficarmos perdidos pelo caminho. Não sabemos mais crer... E em que crer? E por que crer?

Não queremos mais crer. Acreditar causa frustrações, tristezas, dor. Sei que é esse o medo que impede muitos de ter fé. Medo de esperar algo que nunca virá, medo de confiar depois de tantas traições, medo de confiar em ilusões, medo da Fé. E esse medo reportamos do mundo físico e palpável para o mundo lindo, "mágico" e, incrivelmente, real - o mundo espiritual. Se o que eu posso tocar, intervir, modificar que é o mundo físico, temos dificuldades em crer, como crer em algo aparentemente inacessível, mundo espiritual, crer em Deus.

É aí que nos deixamos veredar pela concepção de uma ideia insustentável, de que podemos viver sem fé. Mas como viver sem fé?

O Evangelho de Marcos relata um diálogo entre o maior de todos os mestres e sábios de todos os tempos - Jesus - e um pai aflito que num ato de desespero implora: "Se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos." e a resposta de Jesus foi: "Tudo é possível ao que crer."

Podemos não mais confiar nos homens, nos governantes, em nós mesmos, mas em Deus devemos depositar toda nossa fé, pois é ele que tem cuidado de nós. A fé em Deus nos leva a caminhar nas alturas, andar sobre as águas e experimentar a mais agradável sensação de estar seguro e ser guiado por Deus fora desse labirinto de nossas almas.

Miquéias Castro
MISSÃO

"Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! Mas, nem todos obedeceram ao evangelho..." Romanos 10.16.
Fiquei pensando no texto do evangelista João 20.21 “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio a vós” e como o grande pregador Jhon Stott interpretou esse texto. Nunca havia parado para refletir na profundidade das palavras de Jesus relatadas por João como sendo uma forma de evangelização: ser como Cristo foi na integralidade da Missão.
Uma Missão Integral não é bem o que a Igreja de Jesus tem vivido há muito tempo. Não sabemos sair do conforto pessoal e nos “baixar”, se é que já estivemos em lugares altos, até o pobre, o bêbado, o necessitado, a mulher impura. Nossa missão é hoje permanecermos nos gabinetes pastorais, em nossas casas, escritórios, com ar-condicionado, belos estofados e, quando chegamos a atender alguém, essa pessoa já teve que esperar na fila de uma agenda lotada de quem tem muitos afazeres e, quando sobra tempo, essa sobra é lançada aos “cachorrinhos”. Será que estaríamos dispostos a deixar todas as bênçãos para trás e seguirmos a Jesus? Mas seguir a Cristo no sentido mais amplo e completo da palavra.
Jesus foi enviado por Deus para deixar sua Glória, descer a nosso nível, sentir nossas dores, e se fazer um de nós. Isso é Missão Integral, isso é o que Cristo requer de nós como imitadores, como Ele mesmo disse: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo "(Lucas, 14, 25 a 27).
Não assumir a Cruz de Cristo, que é nossa Missão, jamais poderemos ser seus imitadores e, assim, a ordem da Grande Comissão é desobedecida. Missão Integral é a missão que precisa estar nos meus atos sim, mas também no meu coração, na minha mente, na minha alma.
Se ela não fizer parte da minha vida, como sendo fundamental, indispensável e sem a qual não posso viver, então, não sei o que é ser cristão, imitador de Cristo, um discípulo.

Miquéias Castro
MUSTANG 68

"Vocês são a luz do mundo”. Mateus 5.14a
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt 11.28-30).
Em 08 de setembro de 1994, o corpo de um jovem de 17 anos, chamado Mike, é surpreendido por seus pais, enforcado na garagem, atrás do Mustang 68.
Era um jovem atencioso, carinhoso, amava sua família, ajudava os estranhos e extremamente inteligente. Era apaixonado por carros. Comprava carros e restaurava por prazer. Seu último projeto foi um Mustang 1968, muito velho, o qual ele restaurou completamente e pintou de um belo e brilhante amarelo.
Sua família e amigos ficaram espantados, pois ele não dava indícios de quem sofria de depressão. Cada um guardava com carinho de histórias vividas com Mike. No seu velório muitos cartões com laços amarelos foram escritos com frases de apoio aos que sofrem desse mal. A história de Mike levou a OMS a escolher a cor para o mês de setembro.
A depressão é silenciosa, camuflada por sorrisos e beijos. Está mais perto do que imaginamos. Talvez assente à mesa conosco, divide o mesmo ambiente, sai para jogar conversa fora, corre no parque, frequenta academias, lanchonetes, restaurantes e até igreja. Pode ser o professor ou o aluno, o patrão ou o funcionário, o branco ou o negro, o urbano ou o rural, o doutor ou o analfabeto.
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas, com 5,8% da população. Talvez pareça pouco, mas é a mesma coisa que dizer que, a cada 45 minutos, uma pessoa tira a própria vida. Quantos já morreram desde a hora do seu café da manhã, ou neste momento em que você lê este texto.
Muitos Mikes habitam nossas vidas, nossas casas, ruas, vizinhanças, só não percebemos ou não queremos perceber. Talvez nossas canseiras, preocupações e lutas não nos deixam perceber os sinais silenciosos que gritam dentro de pessoas, aparentemente, “normais”.
Quem suicida não quer tirar a própria vida, quer antes acabar com uma dor intensa da sua alma, o grito agudo do espírito. Estão cansados, sobrecarregados, oprimidos, como disse Jesus em Mateus 11.28-30. O meu e o seu papel é de aproximar da dor dessas milhares de pessoas que estão à nossa volta, e ser o que Jesus disse que somos: Luz. Acredita-se que o envolvimento, a conversa e o apoio previnem 9 a cada 10 atos suicidas. Sejamos uma bela e abençoada luz amarela no mundo escuro daqueles que andam a passos largos para uma depressão suicida.

Miquéias de Castro
DEUS É AMOR

“Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”.
1 João 4:7-8
O amor foi rebaixado ao patamar do sexo, do interesse egoísta, da moeda de troca. “Amo quem me ama”, já dizia o egoísta. “Amo quem me favorece”, essa é a tese do interesseiro. “Amor é paixão” é o apelo da hipersexualidade.
Mas, o ponto chave, a temática verdadeira sobre o amor está contida na única literatura com autoridade sobre o assunto: a Bíblia. Ela nos ensina que o Amor tem origem em Deus, faz parte do caráter de Deus, o Amor é o próprio Deus. Logo, não dá para amar ninguém se não tiver Deus. Isso não te faz pensar que talvez o que você tem por alguém não seja amor?
Então não dá para mudar o mundo, acabar com a maldade, extinguir a injustiça e salvar a humanidade de cair num abismo profundo oferecendo qualquer outra coisa a não ser Deus. Segundo João, sem conhecer o Amor, não dá para falar em amor, não dá para viver o amor, não dá para sentir o amor.
Primeiramente, conheça a Deus, depois ofereça Deus ao seu próximo, seja ele quem for. Ofereça o verdadeiro amor, que é incondicional, puro, sem reservas e sem interesse, que tudo crê, tudo espera, tudo suporta e jamais acaba (1Co 13).
Então, deixe Deus ser o Amor, através de você, ainda hoje.

Miquéias Castro
SABE AQUELES DIAS?

Sabe aqueles dias em que você não tem mais forças para remar? Sabe aqueles dias em que o barco parece que vai afundar e, com ele, todos os nossos sonhos e esperança? Não há conforto, não há alegria, não há paz. Não dá vontade de comer e nem beber. Tudo é amargo ao paladar. O semblante cai, as pernas e as mãos não encontram mais forças para lutar. Parece que toda a vida, todo o vigor foi minado.
São nesses dias que, sem forças, sem vigor, sem esperança, você deve se jogar aos pés de Cristo, como fez a mulher que há 11 anos sofria de hemorragia e gastou toda a sua fortuna, mas foi curada ao tocar nas vestes de Jesus (Marcos 5:25-34). São nesses dias que, mesmo sendo humilhado, maltratado, desprezado, você deve insistir na tua benção, como fez a mulher que quis comer as migalhas que caíam da mesa (Mateus 15.21-39). São nesses dias que, reparando na força do vento e das ondas, Pedro teve medo e afundando clamou por socorro (João 6.16-24).
São nesses dias que o nosso Senhor vem ao nosso encontro, como ele fez, andando sobre as águas, para socorrer seus discípulos (Mateus 14.22-36). Ou quando aquele paralítico já tinha perdido toda a esperança junto ao poço de Betesda, por 38 anos, e Jesus chega até ele e diz para se levantar, pegar a cama e ir para casa (João 5.1-9). Também são nesses dias em que uma mãe chorava a morte do único filho e o levava para ser sepultado e os olhos de Cristo vê aquilo, percebe a dor daquela mãe e dá a vida de volta aquele moço (Lucas7.11-17).
Sabe aqueles dias que as coisas são maiores do que você, as lutas são impossíveis de serem vencidas, os problemas não param de chegar um após o outro? São nesses dias que Cristo vem ao teu encontro, sacode você, diz a você que é para ser forte, pois ele veio ao teu socorro. E, como se já não fosse o bastante, Ele ainda diz que trouxe Miguel para lutar ao lado dEle, como Ele mesmo disse a Daniel (Daniel 10).
Confie no poder de Deus e no seu amor por você.

Miquéias de Castro
A VELHA PLACA

A caminhada era longa. Não compreendia precisamente o quão longe era, qual seria o melhor trajeto, se haveria atalhos ou não, se estaria só ou acompanhado, quais e quantos obstáculos encontraria, desconhecia os perigos, não tinha certeza das alegrias e das tristezas. Sabia ele disso, mas precisava continuar.
Os primeiros passos eram fortes, ritmados na batida do coração. Era uma pessoa saudável, cheio de vida e vigor. Depois de alguns passos de caminhada, logo o sangue aqueceu e começou a trotar e correr. Pensava ele: “Correndo chega mais rápido!”. Passou por vilas, povoados, pulou riachos estreitos e atravessou a nado os mais caudalosos. Correndo subiu colinas e desceu vales, pisou em terrenos pedregosos e esmagou espinhos.
Por todo o caminho, ele percebeu que algo se repetia, fosse na mata fechada ou na campina aberta, nas altas montanhas ou nos vales mais profundos, uma velha placa escrita: “Descanso”, e apontava para uma casinha simples. Já havia passado por placas iguais àquelas inúmeras vezes, mal sabia ele que a jornada estava só começando e que correr não o faria chegar mais rápido, apenas o deixaria mais cansado. Não queria parar, descansar considerava perda de tempo. Mas, era uma pena. Se ele soubesse que, correndo ou caminhando, interrompendo a caminhada para descansar um pouco ou tentando ser incansável, de qualquer forma isso não mudaria em nada sua jornada.
Quando percebeu estava excessivamente exausto, as pernas estavam trôpegas, os pés feridos, faminto e sedento. Olhou a poucos passos e estava lá a velha plaquinha, pela qual cruzara milhares de vezes. Cambaleante, tentava juntar a pouca força que sobrou. Bateu na porta, gritou por ajuda e logo um homem amoroso abriu a porta, correndo serviu-lhe de apoio para que não caísse e disse: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” Mateus 11:28.
Que hoje você encontre essa velha plaquinha pela qual você já passou inúmeras vezes. Que hoje você descida parar e gritar por socorro e que esse amoroso Homem Deus, Jesus, abra a porta e te dê descanso e cura para as suas feridas mais profundas.

Miquéias Castro
PÃO QUEIMADO

“Efraim se mistura com os povos e é um pão que não foi virado na hora de assar. Oséias 7:8
O pão conhecido como pão sírio é mais antigo que se pode imaginar. A doutora Amaia Arranz-Otaegui, da Univercidade de Copenhague, descobriu restos de pães assados, datados a cerca de 14 mil anos atrás, na região conhecida hoje como Jordânia. Esses pães primitivos eram feitos de massa fina e assados sobre a pedra.
Ser como pão que não foi virado significa descuido, desmazelo. Por ter a massa muito fina, a massa de pão era espalhada sobre a pedra quente e rapidamente tinha que ser virada para não queimar e assar também do outro lado. Todo o cuidado era necessário.
Efraim é acusado de descuidar da sua vida com Deus, de esquecer suas promessas, de não viver uma vida santa, de esquecer os mandamentos. Assim como Efraim, tem muita gente se queimando por descuido. Os princípios bíblicos precisam ser praticados, os mandamentos obedecidos.
Dá para deixar em segundo lugar muita coisa na vida humana, menos Deus, que deve ser o primeiro sempre. Cuidado, pois é fácil se frustrar, se enganar e se perder, se tornando um pão sem virar, um pão queimado. Para prevenir isso, cuide de sua vida espiritual, aproxime-se de Deus.
Deus te abençoe.

Miquéias de Castro
CONFIANÇA

Todas as manhãs, a rotina era a mesma. Gostava de levantar uma hora e meia antes, tomava um bom banho quente, vestia o roupão e caminhava para a cozinha, de onde exalava um cheiro maravilhoso de café recém passado e de pão quentinho. Havia programado a cafeteira e a máquina de pão para funcionar e lhe entregar tudo pronto. E, todos os dias, ao entrar na cozinha, ouvia o “bip” avisando que o café e o pão estavam prontos. Pegava a caneca com café, partia o pão fumegante, deslizava sobre ele a espátula de manteiga e comia lenta e prazerosamente. Terminado aquele bom momento, agradecia a Deus pela noite passada, peno início de mais um dia e pelo que Deus ainda faria, pois confiava inteiramente no amor e nos cuidados do Pai Eterno.
Contando assim, parece que sua vida era perfeita, tudo no seu devido lugar, como se fosse uma cena de um filme desses que assistimos. Pelo contrário! Três meses antes havia perdido o emprego, no qual trabalhou vários anos com muito empenho, há dois meses, aproveitando os últimos dias de plano de saúde, descobriu que estava doente, e há menos de duas semanas havia enterrado seu cachorro, companheiro fiel de muitos anos.
Mesmo assim seguia crendo que Deus é bom e que, mesmo diante de tantos acontecimentos ruins, tinha a certeza de que o Pai Eterno manteria suas mãos poderosas sobre sua vida. Essa confiança mantinha seu coração alegre e sua alma em paz ao levantar-se pela manhã e, após o banho, apreciar o café e o pão quentinho.
É como nos ensina Jesus: “Observem as aves do céu, que não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros. No entanto, o Pai de vocês, que está no céu, as sustenta. Será que vocês não valem muito mais do que as aves? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? — E por que se preocupam com o que vão vestir? Observem como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, porém, afirmo a vocês que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não fará muito mais por vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: “Que comeremos?”, “Que beberemos?” ou “Com que nos vestiremos?” Mateus 6:26-31.

Miquéias de Castro
TUDO É DELE

Era a festa de aniversário de um grande amigo chamado Pedro. Ele e toda a família foram convidados. Era uma festa muito esperada, pois o aniversariante era uma pessoa muito querida de todos. Também não era por menos, quem o conheceu sabia de suas grandes qualidades. Pedro era criativo, alegre, amoroso, sincero, honesto, humilde, valente, determinado, sábio, generoso, leal, compreensivo, altruísta. Poderia encher páginas sem fim de suas qualidades. Pedro era aquele que todos gostavam de estar perto. A festa estava cheia e linda.
Já dentro do carro a caminho perceberam que esqueceram o presente, mas já era tarde, a festa do Pedro era numa outra cidade e não dava para retornar. Pensaram: “O Pedro é compreensivo, ele vai entender”. Seguiram viagem. Chegando no local da festa, as crianças saíram correndo para brincar com as outras. Logo na entrada, encontra um outro amigo da faculdade que não via há anos. Depois de um forte abraço, foi convidado para assentar ali e colocar a conversa em dia. Ainda não tinha cumprimentado o aniversariante, mas pensou consigo mesmo: “depois eu faço isso, tem bastante tempo ainda”.
Entre conversas e risos, pontilhados por pequenas pausas para saborear a boa comida servida. Também, Pedro com sua grande generosidade, preparou tudo em detalhes, escolheu o que tinha de melhor para seus convidados.
As horas passaram e eles não perceberam, era hora de cortar o bolo e cantar parabéns, mas a conversa estava tão boa, a companhia agradável e a mesa que eles estavam assentados longe da mesa do bolo. Ninguém iria perceber se eles não fossem à frente. Pensavam eles: “Tem tanta gente lá, posso ficar aqui mesmo”.
Acabada a festa, já cansados e as crianças sonolentas, cada um segue rumo a seus carros e retornam para suas casas. Seus filhos dormiam no banco traseiro do carro e ele e sua esposa conversavam sobre a festa coisas como: “que festa linda, tudo estava perfeito, que comida boa, que lugar agradável, o Pedro é fantástico”. Quando, de repente, sua esposa diz: “Esqueci de ir dar um abraço no Pedro, me distraí com tudo. Você conseguiu fazer isso?”, Ele respondeu: “Não”. Pensei em trazer as crianças para o carro e voltar para falar com o Pedro, mas me esqueci. E continuou: “não se preocupe, o Pedro é compreensivo, ele vai entender. Ano que vem tem mais e eu não me esquecerei”.
Talvez, você tenha ficado bravo com esta história, mas é isso que, muitas vezes, você tem feito, não com o Pedro, mas com Jesus. O Natal é de Jesus, a festa é dEle, tudo é para Ele e você tem todas as desculpas, e, ano após ano, a festa acaba, e sua mente e coração consegue ficar em paz, porque Jesus é compreensivo e ano que vem tem outro Natal.
Lembre-se das palavras do Apóstolo Paulo: “Pois dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém” (Romanos 11.36). Que nesse Natal as coisas sejam diferentes na sua vida. Reúna a família e agradeça a Deus, abrace-O, adore-O, pois tudo tem e deve a ver com Ele.
Deus te abençoe. Feliz Natal!

Miqueias de Castro
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